Òrìṣanlà, Órìṣà òkè nínú wọn gbogbo Órìṣà
Òrìxanlá, O mais alto orixá entre todos os orixás
Orixá masculino de origem iorubá(nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado com o nome de Ọbàtálá. Quando, porém, os negros vieram para cá, como mão de obra escrava na agricultura, trouzeram consigo, alêm do nome do orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que acabou se popularizando é Òṣàlà
Esta relação de importância advêm de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atítudes possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes - e raramente há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como a correta e a outra não. A "jurisprudência" africana nesse sentido prefere conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um impasse, "Ogum faz isso, Iansã faz aquilo", por exemplo.
Assim, Òṣàlà não tem mais poderes que os outros nem é hierarquicamente a eles superior, mas merece o respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família. Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos orixás confirmam através da independência que cada um mantém em relação aos outros. Òṣàlà, porêm, é o que traz consigo a memória de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que cada orixá pode representar: Ossaim, a liturgia; Ọ̀ṣọ́ọ̀si, a caça; Ogum, a metalúrgia; Ọ̀ṣun, a maternidade; Yemanjá, a educação; Omolu, a medicina - e assim por diante.
Se, por este lado, Òṣàlà merece mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está implicito como poder, mas sim merecimento de respeito no título de Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuitas tentavam introduzir os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade ondem eram obrigados a viver, baseadas em códigos a eles completamente estranhos. A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não bastava. Eram constantes as revoltas, os negros tinham baixa produtividade, porque trabalhavam obrigados, não ganhavam nada de significativo com a dedicação a um trabalho que não queriam, para o qual não eram consultados nem tinham o mínimo direito de escolha. Uma maneira, então, para se conseguir maior colaboração por parte deles seria explicar a eles que possuíam uma missão determinada pelos deuses, que a escravidão era sancionada pelas forças superiores do sobrenatural. Como porém, o sobrenatural dos escravos era outro que o dos brancos, havia de se convencer os negros a compartilharem do mesmo sobrenatural - evidentemente, o do senhor, e não o do escravo.
Havia, é verdade, jesuítas sinceramente crentes em seu trabalho, que não tinham consciência do papel ideológico que desempenhavam na manutenção de um modo de produção nada cristão. Julgavam ser sua missão "esclarecer" os "povos primitivos" da "verdadeira fé" - a postura é arrogante, mas não para quem nela efetivamente crê.
De qualquer forma, era sua missão catequizar os escravos. Como, porêm, encontravam neles práticas religiosas muito arraigadas, que eram comparativamente falando mais decisivas ainda nas escolhas pessoais e na vida do dia-a-dia do que a influência do catolicismo no comportamento dos brancos, era difícil lutar. Em alguns casos, perceberam que o sincretismo era a melhor saida, e tentaram convencer os negros que seus orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.
Alguns escravos neles acreditaram. Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos católicos, para, ao realiza-los, efetivarem verdadeiros cultos de candomblé, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Fosse sincera ou fosse esperta essa adesão, o sincretismo acabou acontecendo, em maior ou menor escala e a necessidade de hierarquização que os católicos tinham, nada preparados para a visão democrática do panteão africano. foi infiltrando-se, criando, a parte daí, a expectativa de se considerar Òṣàlà uma figura superior às demais - já que era sincretizado com Jesus Cristo, em geral. Esclrecida esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas de Òṣàlà perante a mitologia iorubá. É o principio gerador em potencial, o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra. É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor é o branco porque ele é a soma de todas as cores. Ao mesmo tempo, o branco é a cor do esperma, a participação masculina na geração de um ser.
Caracteristicas
Animais Pomba Branca, Caramujo, coruja branca
Bebida Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto doce.
Comidas Canjica, Acaçá, Mungunzá.
Ebó
Papa de Canjica
Cor Branco
Data Comemorativa 25 de Dezembro
Dia da Semana Sexta-Feira.
Elemento Ar
Essências Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira.
Fio Contas e Missangas brancas e leitosas. Firmas Brancas.
Flores Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa cor, as rosas de preferência sem espinhos.
Incompatibilidades Vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura, cor vermelha, cachaça, bichos escuros.
Instrumento Opaxorô
Metal Prata (Em algumas casas: platina, ouro branco).
Numero 10 (Oxalufã), 8 (Oxaguiã).
Pedras Diamante, cristal de rocha, perolas brancas.
Planeta Sol.
Pontos da Natureza Praias desertas, colinas descampadas, campos, montanhas, etc...
Saudação Epa Babá
Saúde Não tem área de saúde específica, pois abrange todo nosso corpo e nosso espírito.
Símbolo Estrela de 5 pontas. (Em algumas casas, a Cruz)
Sincretismo Jesus
Toque Ìgbín
Folhas
Araçazeiro (gúrọ́fà)
Coco (àgbọn)
Fruta Pão (gberebúùtù)
Mamão (síbó)
Pêra
Tâmara (èso ọ̀pẹ dídùn kan)
Tamarineiro (ajàgbọn)
Uva Branca (àjara funfun)
Cara moela (akan)
Macaxeira (gbàgùúdá)
Mandioca (ọgẹgẹ)
Agapanto
Agapanto Branco
Agrião do Pará (awere pẹ́pẹ́)
Alecrim (ewẹ́rẹ́)
Alecrim da Serra
Alecrim de Caboclo
Alecrim de Tabuleiro
Alecrim do Campo
Alfavaca (efínrin nla)
Angélica
Aperta Ruão (ìyèyé)
Baunilha verdadeira
Bétis Branco (ewé boyí funfun)
Bétis Cheiroso (ewé boyí)
Bétis Cheiroso (ewé boyí)
Bisnagueira (igi orórù)
Boldo (ewé bàbá)
Calistemo
Camélia
Camomila
Campainha
Cana de Macaco (tẹ̀tẹ̀ ẹ̀gún)
Carnaúba
Caruru (ewé tẹ̀tẹ̀)
Catinga de Mulata (makasá)
Chapéu de Couro (ewé ṣẹ́ṣẹ́rẹ́)
Cinco Folhas
Cipó Cravo
Colônia (tọ́tọ́)
Cravo da Índia
Dama da Noite (àlùkerẹsẹ)
Dendezeiro (ọ̀pẹ)
Douradinha (ewé epo)
Erva de Bicho (eró igbin)
Erva de Jaboti (rínrín)
Erva Prata (ewé dìgì)
Erva Vintém (ewé okọ́wọ̀)
Espinheira Santa
Eucalipto Cidra
Fava de Tonca
Fava Pichuri
Folha da Costa (ọ̀dúndún)
Folha da Fortuna (àbámodá)
Funcho
Girassol
Guaco (ójẹ́ dúdú)
Guandu (òtilí)
Guanxima (àtòrì)
Hortelã da horta
Jasmim do Cabo
Laranjeira (òrombó)
Língua de Vaca (ewé enu malú)
Lírio do Brejo (balabá)
Malva (iso-obo)
Malva Cheirosa (ewé pupa yo)
Malva do Campo (asíkutá)
Mamona (lárà)
Mamona Branca (ewé lárà funfun)
Manjericão da Folha Miúda (efínrín kékeré)
Manjericão de Folha Larga (efínrín ata)
Mastruço
Mil em Rama
Milho Branco (àgbàdo funfun)
Murta
Nenúfar Branco (òṣibàtà)
Noz moscada (ariwò)
Obí (obí)
Obí (àbidun)
Obí (obí gbanja)
Obí (obí edun)
Palmeira Abânico (àgbọ̀n ẹyẹ)
Parietária (ewé monan)
Sálvia (ikiriwí)
Sangue de Cristo
Tabaco (ewé tábà)
Trombeteira (dàgìrì dobo)
Umbu
Espirradeira Branca
Algodoeiro (igi òwú)
Algodoeiro Americano (ela òwú)
Algodoeiro Arbóreo (òwú ẹlẹ́pà)
Amendoeira (igi furuntu)
Coqueiro (àgbọn)
Estoraque Brasileiro
Karitê (Òrí)
Mamão (ìbẹ́pẹ)
Rosa Branca
Umbanda
A figura de Òṣàlà, no Umbanda, assumiu importância primacial num paralelismo com a figura de Jesus Cristo, no seio do Catolicismo.
Na identificação de Òṣàlà com o "Filho", segunda pessoa da Santíssima Trindade, fato aceito pela religião de Umbanda, observa-se que, ao culto externo, à veneração e ao conhecimento das divinas qualificações de Jesus, se soma toda uma série de observâncias, preceitos, ritos remanescentes da tradição religiosa africana e, com toda a religiosidade, praticados pelos umbandistas de todos os matizes, com pequenas diferenciações, decorrentes de influências regionalistas ou da maior ou menor parcela do afro na cultuação.
A imagem de Òṣàlà (Jesus Cristo) é figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacado com iluminação intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Òṣàlà na representação daquele que foi o "filho dileto de Deus entre os homens"; entretanto, permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana: "Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os homens"; Òṣàlà coexistiu com a formação do mundo; Òṣàlà já era antes que Jesus o fosse.
Jesus Cristo é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Òṣàlà. E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como homens e, assim, melhor estimularem a fé em Deus.
Òṣàlà, assim como Jesus, proporciona aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com a direita para com a esquerda receberem na eternidade e assim poderem trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre. Òṣàlà é o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de religiosidade. Òṣàlà é sinônimo de fé que, assentado na Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.
A Linha de Òṣàlà é a Linha Súplice, suprema condutora, porque nela se baseiam todas as outras linhas.
Òṣàlà, nome cabalístico formado através dos séculos, que teve do feixe de correntes formadoras da Grande Corrente Universal a força máxima, na qual os homens se suprem para se lançarem, através dos seus Guias, em busca da magna força.
"A Corrente Universal divide-se em vários setores, cabendo cada um destes setores a um Chefe, que trabalha nesta mesma corrente, tirando dela a força e a luz para conduzi-lo ao ponto que lhe é necessário para seus trabalhos espirituais; e sendo Òṣàlà o Supremo Chefe da Umbanda, a ele pertence um desses setores, buscando, na Corrente Universal, suprimento para as suas falanges".
As atribuições de Òṣàlà são as de não deixar um só ser sem o amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado dos espíritos encarnados.
É uma pena que seja assim, porque os próprios seres se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino Òṣàlà...
O filho de Òṣàlà é pessoa normalmente tranqüila, de andar sereno, sem afobação, com tendência ao sofrimento, quando o busca. Gosta de transmitir seu gênio calmo, quer as coisas sem demonstrar, atingindo seus objetivos de forma bem natural. É teimoso. Na teimosia não gosta de impor suas idéias, mas não cede em seu ponto de vista. De todos os Orixás, o filho de Òṣàlà talvez seja o mais organizado, no dia a dia, escritórios e papéis.
Não é líder, mas não se submete facilmente a liderança de outro, ou seja, não manda e não gosta de ser mandado. Não é agressivo e quando agredido prefere demonstrar superioridade. Tem uma tendência muito forte para a solidão, buscando no isolamento um encontro com a harmonia universal.
Os guias principais desta linha são: Caboclo Urubatão de Guia, Caboclo Ubirajara, Caboclo Aymoré, Caboclo Guaracy, Caboclo Guarany e Caboclo Tupy. Estes guias são os chefes de falanges, mais existem os demais guias que pertencem a esta linha e trabalham na caridade, são eles: Caboclo Pena Branca, Caboclo Águia Branca, Caboclo Tupã, Caboclo Rompe Nuvem, Caboclo Tamoio, Caboclo Gira Sol e outros. O astro que rege esta linha é o Sol e tem como guardião o anjo Gabriel.
Sincretismos
Características dos Filhos de Òṣàlà
Os filhos de Òṣàlà, são pessoas tranqüilas, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente. Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orixás guerreiros ou autoritários como adjutores (ajuntós).
São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho. Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização. Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos. São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções; será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
No Òṣàlà mais velho (Oṣàlúfọ́n) a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Òṣàlà novo (OXAGUIÃ) tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.
Para Òṣàlà, a idéia e o verbo são sempre mais importantes que a ação, não sendo raro encontrá-los em carreiras onde a linguagem (escrita ou falada) seja o ponto fundamental.
Fisicamente, os filhos de Òṣàlà tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum nem tão compacto e forte como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e se postar dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado, como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo em se tratando de alguém muito jovem.
Para que o filho de Òṣàlà tenha uma vida melhor, deve procurar despertar em seu interior a alegria pelas coisas que o cerca e tentar ceder à sua natural teimosia.
Qualidades
Òṣàlà Ajagemo: Para o qual durante a sua festa anual em Edé, dança-se e representa-se com mímicas, um combate entre ele e Oluniwi, no qual este último sai vencedor.
Òṣàlà Ajalá - O Oleiro primordial. A parte de Òṣàlà responsável pela criação física dos homens, por seu corpo, sua cabeça (onde vive Ori). Ele representa o aspecto mais orgânico do ser humano; o tipo de barro, de maior ou menor qualidade, mais ou menos cozido (o que implica maior ou menor numero de problemas), mais claro ou escuro. Ajalá mistura ao barro folhas, frutas, minérios, sangues e uma série de materiais que determinam como será aquela pessoa, como Ori poderá agir nela. Estes ingredientes, com o tempo perdem o axé (energia) e precisam ser, de vez em quando, repostos, o que é feito nos rituais do candomblé, entre eles a iniciação. Diz um dos mitos que Ajalá foi incumbido de moldar as cabeças dos homens com a lama do fundo dos rios e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeças e as punha para assar em seu forno. Ajalá tinha, contudo, o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes de serem iniciadas viria exatamente de um ori cru, ou queimado, ou mal proporcionado feito durante alguma bebedeira de Ajalá. Como os orixás não gostam de cabeças ruins, a pessoa ficaria desprotegida, sem a energia do orixá. Depois que Ajalá terminava de fazer os oris (cabeças) Ọbàtálá soprava nelas e lhes dava eni, a vida.
Òṣàlà Akire ou Ikire: É um valente guerreiro muito rico que transforma em surdo e mudo a quem o negligencia.
Òṣàlà Alase ou Olúorogbo: Salvou o mundo fazendo chover num período de seca.
Òṣàlà Etéko: Caminha com Oxaguiã, é inquieto. Vive nas matas e come todo o tipo de carne branca.
Òṣàlà Eteto Obá Dugbe: Outro guerreiro, ligado a Orixalá.
Òṣàlà Lejugbe: é muito confundido com Oxalufan; por ser vagaroso e indeciso. Muito chegado a Ayrá. Come com Yemanjá e Oxalufan. Come também todo tipo de carne branca.
Òṣàlà Ọbàtálá: É o mais velho dos orixás. O grande rei branco; raiz de todos os outros Òṣàlàs. Ele não é feito, faz-se Ayrá ou Ọ̀ṣun Opara. É o pai de Oxalufan que por sua vez é o pai de Oxaguiã. Por ser muito grande e poderoso, Ọbàtálá não se manifesta, sua palavra transforma-se imediatamente em realidade. Representa a massa, o ar, as águas frias e imóveis do começo do mundo, controla a formação dos novos seres, é o senhor dos vivos e dos mortos.
Òṣàlà Okó: Divindade da agricultura e colheita dos inhames novos e a fertilidade da terra. Orixá Nagô, pouco conhecido no Brasil. Na época da chegada dos escravos, não deram muita importância a este orixá, considerando como orixá da agricultura, em seu lugar Ogum e dos grãos Obaluaiyê. Quando se manifesta leva um cajado de madeira que revela sua relação com as árvores, traz uma flauta de osso que lembra sua relação com a sexualidade e a fertilidade. É confundido com Òṣàlà, pois veste-se de branco. Seu Opaxoró, no Brasil, é confeccionado em madeira. Sendo um Orixá raro, tem poucas qualidades conhecidas. É um Orixá rico.
Òṣàlà Olofon Ajigúna Koari: Aquele que grita quando acorda (conhecido pelo nome de Oxalufan).
Òṣàlà Òriṣànlá, Orixalá ou Ọbàtálá:É casado com Yemanjá, suas imagens são colocadas lado a lado e cobertas com traços e pontos desenhados com efum, no Ilésin, local de adoração, dizem que Yemanjá foi a única mulher de Orixalá um caso excepcional de monogamia entre orixás e eborás.
Òṣàlà Oṣàlúfọ́n (Òrìṣà Olú Fon): Orixá velho e sábio, cujo templo é Ifón pouco distante de Oxogbô, a cerimónia de saudações é de dezasseis em dezasseis dias. Orixá muito velho, de idade avançada, aleijado, lento, movendo-se com muita dificuldade. Dança apoiado no opaxoró. Treme de frio e velhice. Detesta a violência, disputas e brigas. Não come sal e nem dendê; odeia cores fortes, principalmente o vermelho. A ele pertencem os metais e substâncias brancas; não suporta cavalos.
Òṣàlà Oṣoguian(Òrìṣà Ogiyan): Orixá jovem e guerreiro, cujo templo principal se encontra em Ejigbô. Tomou o título de Eleejigbô Rei de Ejigbô uma de suas características e o gosto pelo inhame pilado chamado lyán, que lhe valeu o apelido de Orisa-Je-Iyán ou Orisájiyan. A tradição exige que os habitantes de dois bairros Xolô e Oké Mapô lutem uns contra os outros a golpes de varas. É o único que tem autorização de enfeitar seus colares brancos com pedras azuis, chamadas Seguy. Está ligado ao culto de Iroko e dos espíritos, assim como a fertilidade e o culto ao inhame. É o pai de Oxossi Inlé, come com Ogunjá, Oxossi Inlé, Airá, Exu, Oyá e Ònírá. Tem muito fundamento com Oyá pois, é o dono do Atori, fundamento que lhe foi dado por ela, motivo pelo qual as pessoas de Guian devem agradar muito a Oyá. Vem pelos caminhos de Ònírá; tem ligação forte com Èṣù. Seus filhos devem evitar brigas e mentiras e principalmente, não devem enganar a Ogum.
Òṣàlà Ogiyan Ewúlee Jiigbo: Senhor de Ejigbô (conhecido pelo nome de Oxaguiã).
Cozinha ritualística
Ebó
Ingredientes
1 tigela branca grande
8 velas brancas
1 kg de canjica branca
Preparo
Cozinhe o milho branco sem deixá-lo ficar mole demais
Coloque o Ebó na tigela, préviamente lavada com água e mel.
Coloque o mel por cima antes de esfriar.
Enfeite com folhas de boldo ou folha da costa.
Deixe esfriar a oferenda.
Se estiver pedindo clemência por alguma atribuição, cubra a tigela com algodão branco
Papa de Canjica
Ingredientes
1 tigela branca grande;
velas brancas;
1 kg de canjica branca;
mel;
água de mina;
leite de cabra.
Preparo
Moa o milho da canjica. Leve-o para cozinhar em bastante água e mel.
Deixe cozinhar até quase secar a água.
Junte o leite de cabra, mexendo com uma colher de pau por mais alguns minutos.
Desligue o fogo e deixe esfriar.
coloque essa papa na tigela, préviamente lavada com água e mel. Enfeite com folhas de boldo ou saião.
as flores para Oxalá são todas brancas, assim como as comidas ofertadas e todos os animais que a ele são sacrificados (todas fêmeas).
Lendas
Por que oxala usa ekodide I
Muito tempo depois que Odùdúwà chegou em Ilê Ifé e começaram a adorar o culto das Águas de Òṣàlà, aconteceu que, logo no primeiro ano, quando estava perto das festas Òṣàlà escolheu uma senhora das mais velhas do terreiro, chamada Omon Ọ̀ṣun, para tomar conta de todo, ou melhor, de tôda sua roupa, adornos e apetrechos, depositando com tôda benevolência nas mãos dela aquele direito especial para tomar conta de tudo que lhe pertencesse, da corôa ao sapato.
Omon Ọ̀ṣun por nunca ter tido nenhum filho, criava uma menina. Dessa data em diante ela e a menina ficaram sendo odiadas por algumas pessoas que faziam parte nesse terreiro e que por inveja de Omon Ọ̀ṣun começaram a tramar novidades, procurando um meio qualquer para fazer Òṣàlà se zangar com ela e tomar o "achê" entregue por Òṣàlà. Fizeram coisas que Deus duvida contra Omon Ọ̀ṣun porém nada surtia efeito. Cada vez mais Òṣàlà ia aumentando a amisade e dedicação para Omon Ọ̀ṣun. Ela era muito devotada ao cumprimento das suas obrigações e não dava margem alguma para ser por êle repreendida.
Como dizem que a água dá na pedra até que fura, aconteceu que, na vespera do dia da festa, as invejosas, já desiludidas por poderem fazer o que desejavam, de passagem pela casa de Omon Ọ̀ṣun se depararam com a corôa de Òṣàlà que ela tinha areiado e colocado no sol para secar. Quando elas viram a corôa de Òṣàlà muito bonita e mais reluzente do que nunca, combinaram roubar a corôa e ir jogar no fundo do mar. E assim fizeram. Quando Omon Ọ̀ṣun foi apanhar a corôa para guardar, não encontrou. Ficou doida. Procura daquí procura dalí, remexeram com tudo procurando em todos os cantos da casa e nada da corôa aparecer. As invejosas vendo a aflição que estava passando Omon Ọ̀ṣun e sua filhinha, satisfeitas pelo mal que tinham causado, riam as gaiofadas dizendo: agora sim quero ver como ela vai se atá com Òṣàlà amanhã quando êle procurar a corôa e não encontrar.
A essa altura Omon Ọ̀ṣun completamente azurantada só pensava em se matar e ja estava resolvida a fazer isso para não passar vergonha perante Òṣàlà. Foi quando a meninazinha, sua filha de criação disse: - Mamãe, porque a senhora não vai na feira amanhã de manhã bem cedinho e não compra o peixe mais bonito que tiver lá? A corôa de Òṣàlà deve estar na barriga desse peixe.
E assim a menina insistiu, insistiu tanto, até que Omon Ọ̀ṣun se decidiu a aceitar o que a menina aconselhou, dizendo:- Fique tanquila minha filha, porque de madrugadasinha eu vou acordar para ir à feira ver se encontro com esse peixe que voce imagina ter a corôa do nosso Rei Òṣàlà na barriga. A menina foi dormir tranquila. Omon Ọ̀ṣun coitada, não pôde dormir tôda a noite preocupada que já amanhecesse o dia para ela ir a feira ver se conseguia encontrar o dito peixe que a menina julgava ter a corôa na barriga. Quando o dia mal tinha clareado, Omon Ọ̀ṣun pulou da cama, se preparou e lá se foi. Quando ela chegou na feira foi diretamente no mercado de peixe e não encontrou nenhuma escama. Ainda éra muito cedo. Omon Ọ̀ṣun deu uma volta pela feira e já bastante impaciente voltou ao mercado onde encontrou um senhor vendendo um peixe, cujo peixe, era o único que se encontrava no mercado.
Omon Ọ̀ṣun comprou o peixe e foi voando para casa a fim de destrincha-lo. Queria ver se sua filha tinha aconselhado bem, para ela poder obter a paz e tranquilidade espiritual, encontrando a corôa de Òṣàlà. Assim que ela chegou em casa foi logo para a cosinha para abrir a barriga do peixe. Porém não conseguiu. Quando ela estava aí se acabando de chorar e labutando para abrir a barriga do peixe, a menina acordou e foi logo perguntando: - Mamãe já comprou o peixe? A senhora deixa que eu abra a barriga dele? - Omon Ọ̀ṣun bastante chorosa respondeu:- Minha filha a barriga dele está muito dura. Eu não posso abrir quanto mais você.
A menina se levantou, chegou na cosinha, apanhou um cacumbú e puxou rasgando a barriga do peixe, ésta se abriu em bandas deixando aparecer a corôa de Òṣàlà ainda mais bonita do que era antes. Omon Ọ̀ṣun se abraçou com a menina e de tanto contentamento não sabia o que fazer com ela. Carregava, beijava, dansava, e por fim Omon Ọ̀ṣun olhando para a menina e em seguida voltando as vistas para o céu, disse: - Ọlọ́run, Deus que lhe abençoe. Sua maesinha está sendo perseguida, porém com a fé que tem no seu Eledá, anjo da guarda, não ha de ser vencida. Limparam muito bem limpa, a corôa, e guardaram, muito bem guardada, juntamente com o resto das coisas pertencentes a Òṣàlà.
Em seguida Omon Ọ̀ṣun cozinhou o peixe, fez um grande almôço e convidou a todos da casa para almoçar com ela dizendo que estava festejando o dia da festa do Pai Òṣàlà. Ao meio dia Omon Ọ̀ṣun juntamente com seu, quero dizer, sua filhinha serviram o almôço acompanhado de Aluá ou Aruá, a bebida predileta de Òṣàlà a qual os Erê dão o nome de mijo do pai. Depois do almôço todos foram descansar para na hora determinada dar começo a festa das Águas de Òṣàlà. As invejosas quando viram todo aquele movimento, Omon Ọ̀ṣun muito alegre como se nada tivesse acontecido a ponto de dar até um banquete em homenagem a Festa de Òṣàlà, ficaram malucas.
Uma delas perguntou:- Será que ela encontrou a corôa? - Outra respondeu:- Eu bem disse que queimasse. - E a outra mais danada ainda dizia:- Eu disse a vicês que o melhor era cavar um buraco bem fundo e enterrar. - A primeira procurando acalmar os animos, disse para a outra:- Vamos esperar até a hora que éla apresentar as roupas de Òṣàlà com todos os armamentos. Se a corôa estiver no meio o geito que temos é fazer um grande ebó e colocar na cadeira onde éla vai se sentar ao lado de Òṣàlà. - O ebó, sacrificio, póde ser empregado para o bem ou para o mal.
Quando estava perto da hora de começar a festa, Omon Ọ̀ṣun apresentou a Òṣàlà tôda a roupa com todos os armamentos deixando as invejosas mais danadas e com mais desejo de vingança, a ponto de procurarem fazer o ebó por elas idealisado e colocar na cadeira onde Omon Ọ̀ṣun era obrigada a sentar-se por ordem de Òṣàlà. Começou a festa com a maior alegria possivel. Òṣàlà chegou acompanhado por Omon Ọ̀ṣun e se sentou no trono. Omon Ọ̀ṣun sem saber do que estava sendo feito contra ela, também se sentou na sua cadeira ao lado de Òṣàlà. Quando começaram as cerimônias e que Òṣàlà precisou de colocar a sua corôa, virou-se para Omon Ọ̀ṣun e pediu para éla ir apanhar a corôa. Omon Ọ̀ṣun quiz levantar e não pôde. Fez força para um lado, para o outro, e nada de poder levantar-se, até quando éla decidiu levantar-se de qualquer maneira. Devido a grande dor que sentiu, olhou para a cadeira e viu que estava tôda suja de sangue.
Alucinada de dor, e horrorisada por saber que Òṣàlà de fórma nenhuma podia ter nada de vermelho perto dêle porque era ewó, proibição, saiu esbaforida pela porta afora, indo se esbarrar na casa de Èṣù. Quando Èṣù abriu a porta que viu Omon Ọ̀ṣun tôda suja de vermelho, disse:- Você vindo dêsse geito da casa de meu pai? Infringiu o regulamento e eu não posso lhe abrigar,- e fechou a porta. Daí ela foi para a casa de Ògún, Ọ̀ṣọ́ọ̀si, de todos Orixás e sempre diziam a mesma coisa que disse Èṣù. Só restava a casa de Ọ̀ṣun. Quando Omon Ọ̀ṣun chegou a casa de Ọ̀ṣun, esta já tinha sabido do que estava acontecendo e estava a sua espera. Omon Ọ̀ṣun se jogando nos pés dela disse:- Minha mãe me valha, estou perdida.
Òṣàlà não vai me querer mais em sua casa. Ọ̀ṣun disse para ela que não se preocupasse, que um dia Òṣàlà ía buscar ela de volta. Depois Ọ̀ṣun, usando de sua magia, fez com que, do lugar onde sangrava em Omon Ọ̀ṣun saisse Ekodide, pena vermelha de papagaio da costa, até quando sare a ferida. Ọ̀ṣun, depois de colocar todo aquêle Ekodidé numa grande igbá, cuia, reuniu todo seu pessoal e tôdas as noites faziam um xirê, festa, cantando assim:
BI O TA LADÊ
BI O TA LADÊ IRÚ MALÉ
IYA OMIN TA LADÊ OTO RU ÉFAN KOBÁJA
OBIRIN IYA OMIN TA LADÊ
E assim Ọ̀ṣun ricamente vestida, sentada no seu trono, com Omon Oxum ao seu lado, a cuia de Ekodidés e a vasilha para colocarem dinheiro em frente a elas, recebia as visitas de todos os Orixás que iam até lá para ver e saber porque Ọ̀ṣun estava fazendo aquela festa tôdas as noites. Todos que lá chegavam e se enteiravam do acontecimento, si era homem dava dodóbálé, se estirava de peito no chão para Ọ̀ṣun, depois apanhava um Ekodidé e colocava uma certa quantia na vasilha que estava ao lado para ser colocado o dinheiro, e se era mulher dava iká, quer dizer, se deitava no chão de um lado e do outro para Ọ̀ṣun e em seguida apanhava um Ekodidé e colocava também o dinheiro na referida vasilha.
Tudo aquilo que estava acontecendo no palácio de Ọ̀ṣun, ficou sendo muito propalado e as invejosas faziam todo possivel para que Òṣàlà não soubesse. Um dia, elas, sem observarem que Òṣàlà estava por perto, começaram a comentar o caso, onde uma delas disse:- Com ela não tem quem possa, depois de tudo o que nós fizemos, depois de ter acontecido o que aconteceu aqui no palácio de Òṣàlà e de ter sido enjeitada por todos Orixás, vocês não estão vendo que Ọ̀ṣun abrigou ela? Curou, conseguindo que do lugar que sangrava saisse Ekodidé, fazendo uma grande fortuna e aumentando a sua riqueza.
Agora só nos resta é fazer com que o velho não saiba do que está acontecendo no palácio de Ọ̀ṣun, se não é bem capaz de querer ir até lá. Nisso o velho Òṣàlà pigarreou dando a entender que tinha ouvido tôda a conversação. Ordenou a elas que procurassem saber a hora que começava o xirê no palácio de Ọ̀ṣun e que elas iam servir de companhia para êle poder ir apreciar o xirê e tomar conhecimento do que estava acontecendo. Quando elas ouviram Òṣàlà falar desta maneira bem pertinho delas a terra lhe faltaram nos pés e o remorso montou nos seus cangótes fazendo com que elas fugissem para nunca mais voltar ao palácio de Òṣàlà. A noite, depois do jantar, Òṣàlà cansado de esperar pelas tres invejosas e não vendo nenhuma delas aparecer, disse:- Fugiram com medo de que eu castigasse pela grande injustiça que cometeram, não sabendo de que o castigo será dado pelas mesmas. Assim Òṣàlà se dirigiu para o palácio de Ọ̀ṣun afim de assistir o xirê e saber qual a causa do mesmo.
Quando Òṣàlà chegou no palácio de Ọ̀ṣun mandou anunciar a sua chegada. Ọ̀ṣun mais bonita do que nunca, coberta de ouro e muitas jóias dos pés a cabeça, sentada no seu rico trono, mandou que Òṣàlà entrasse, e continuou o xirê cantando:
BI O TA LADÊ, BI O TA LADÊ, IRÚ MALÊ, IYA OMIN TA LADÊ.
Quando Òṣàlà entrou ficou abismado de ver tanta riquesa e quando reparou bem para Ọ̀ṣun, que viu a seu lado Omon Ọ̀ṣun, a pessoa que cuidava dele e de tôdas suas coisas, a quem ele julgava ter perdido devido o que tinha acontecido, não se conteve, se jogou também no chão dando dodóbálé para Ọ̀ṣun, apanhando um Ekodidé e colocando bastante dinheiro na vasilha. Ọ̀ṣun quando viu o velho dar dodóbálé para ela, se levantou cantando:
DÓDÓ FIN DODÓBÁLÉ KÓ BINRIN IYA OMIN TA LADÊ
e foi ajudar a Òṣàlà se levantar do chão. Depois que Òṣàlà se levantou Ọ̀ṣun pegou Omon Ọ̀ṣun pela mão e entregou à Òṣàlà dizendo:- Aqui está a vossa zeladora, sã e salva de todo mal que desejaram e fizeram para ela para que ela ficasse odiada por vós.
Òṣàlà agradecendo a Ọ̀ṣun disse:- Ọ̀ṣun, em agradecimento a tudo o que fizestes de bem e para amenisar os sofrimentos de Omon Ọ̀ṣun eu, Òṣàlà, prometo levar ela de volta para o meu palácio e de hoje em diante nunca hei de me separar desta pena vermelha que é o Ekodidé e que será o unico sinal desta côr que carregarei sôbre o meu corpo.
Vocabulário - Yorùbá
ÁLÁBÀLAṢẸ n., div. | álábàlaxé | Um Nome Atribuido A Óbátálá
ALÁMỌRE n., div. | alámóre | [Alámọrere] Título de Obatalá. Contração de Alámọrere
ALÁMỌRERE n., div. | alámórere | [al - aquele que tem + amọ̀ = barro, argila + rere = bom, boa] O Senhor da Boa Argila. Título de Obatalá
HÈPA BÀBÁ Trad. Lit. Respeito ao Pai saud. | rêkpa bàbá | saudaçao ao orixá oxalá. êpa papai
ỌBÀTÁLÁ n., div. | óbàtálá | Orixá Óbátálá. Deus da criação, da humanidade, que rege o Céu e, filho de Ọlórun (Deus Supremo).
ỌPAṢORO s., instr. rit. | ókpaxoro | cajado de oxalá. O Ọpaṣoro é um objeto indispensável na indumentária do orixá oxalá e na construção do igba oxalufan. Simboliza a criação do mundo, do homem e a sapiência dos anciãos, servindo de apoio para locomoção deste grande orixá que é o mais velhos de todos e considerado o pai da criação.
ÓRÌṢÀ NLÁ n., div. | órìxà nlá | Epíteto de Ọbàtálá.. O Grande Orixá
ÒRÌṢANLÀ n., div. | ôrìxanlà | Òrìṣà Ọbàtálá
ÒṢÀLÀ s. | ôxàlà | divino
ÒṢÀLÀ adj. | ôxàlà | afortunado
ÒṢÀLÀ s. | ôxàlà | afortunado
ÒṢÀLÀ s. | ôxàlà | próspero
ÒṢÀLÀ n., div. | ôxàlà | Orixá Oxala - Obatála
Referências
Deoscóredes M dos Santos-DIDI - Edição Cavaleiro da Lua - Fundação Cultural do Estado da Bahia - foi mantida a ortografia original
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