Divindade de origem jeje, mãe de Omolu e Oxumarê, é a mais velha dos orixás femininos e por isso é muito respeitada. É a orixá das águas paradas .
Nanã é a orixá mais velha do panteon do Candomblé, sendo que em algumas regiões é revernciada antes de Oxalá, por ser a dona da morte e da sabedoria.
No Candomblé Ketu é cultuada como um orixá
da chuva, das águas paradas, mangue, pântano,
terra molhada, lama é considerada a mãe dos
orixás Obaluaiyê, Iroko, Osanyin, Oxumarê e Yewá.
Nanã é chamada carinhosamente de “Avó”, por ser usualmente imaginada como uma anciã. É cultuada em todo o Brasil nas religiões Afro-brasileiras. Seu emblema é o Ibiri que caracteriza sua relação com os espíritos ancestrais. Como “Mãe-Terra Primordial” dos grãos e dos mortos,
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, em nome da qual desprezou seu filho primogênito com Oxalá, Omulú, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou abandonando-o no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam anormais (Oxumarê, Ewá e Ossaim), e a baniu do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou seu pobre filho, no pântano.
Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando seu nome era pronunciado todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omulú. Protetora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.
A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ògún por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
O Barro com o Sopro Divino representa Movimento.
O Movimento adquire Estrutura.
Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.
Sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Ọ̀ṣun seria uma filha de Nanã "escondida".
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Ọ̀ṣun colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ògún e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino - e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.
Nanã forma par com Ọbalúwaìye. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Ọbalúwaìye, que é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a "memória" dos seres. E, se Ọ̀ṣọ́ọ̀si aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Ọ̀ṣun estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos.
Origem
Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual Republica do Benin) , assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.
Resumindo esse processo cultural, Òṣàlà (mito ioruba ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jeje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Òṣàlà sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Òṣàlà obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Òṣàlà e Iemanjá.
É neste contexto, a primeira esposa de Òṣàlà, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Ọbalúwaìye) e Oxumarê.
Características
Animais Cabra, Galinha ou Pata. (Brancas)
Bebida Champanhe
Chakra Frontal e Cervical
Comidas Feijão Preto com Purê de Batata doce. Aberum. Mungunzá
Dóbóró
Ebó
Cor Roxa ou Lilás (Em algumas casas: branco e o azul)
Data Comemorativa 26 de julho
Dia da Semana Terça Feira
Elemento Água
Essências Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.
Fio de Contas Contas, firmas e miçangas de cristal lilás.
Flores Todas as flores roxas.
Incompatibilidades Lâminas, multidões.
Instrumento Ibiri
Metal nenhum
Numero 13
Odu EJÍ OLÒGBÓN
Pedras Ametista, Cacoxenita, Tanzanita, Feldspato
Planeta Lua e Mercúrio
Pontos da Natureza Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos
Qualidades Ologbo, Borokun, Biodun, Asainán, Elegbe, Susure
Saudação Saluba Nanã
Saúde Dor de cabeça e Problemas Intestino
Símbolo Chuva; Ibiri
Sincretismo Nossa Senhora Santana
Folhas
Abacá (ọ̀gẹ̀dẹ̀)
Abiu Roxo (osàn ẹ̀dùn)
Banana (ọ̀gẹ̀dẹ̀)
Jaca
Maçã (èso òro òyìnbó)
Melancia (bàrà)
Melão (ẹ̀gúsí)
Uva (èso àjara)
Agapanto
Agapanto Lilás
Aguapê (ẹja ọmọde)
Altéia
Angelim Amargoso
Arnica Brasileira (tamandí)
Avenca
Batatinha (kúrúkúrú)
Bertalha (ẹ̀fó òyìbó)
Cedrinho
Cipó Chumbo (awó pupá)
Erva de Passarinho (àfòmọ́)
Erva de Passarinho (àfòmọ́)
Gervão Roxo (ewé ìgbole)
Inhame Selvagem (iṣu kókò)
Jacinto D'Agua (eresí momin pala)
Jupati (igi-ògòrò)
Língua de Galinha (àlùpàyídá)
Língua de Galinha (àlùpàyídá)
Mãe Boa (ìyábeyín)
Malva Rosa
Manacá
Melão de São Caetano (ẹ́jìnrìn)
Milho Alho (àgbàdo kékeré)
Morcegueira
Pata de Vaca (abàfè)
Pata de Vaca Rosa (abàfè)
Pata de Vaca Roxa (abàfè)
Pau Conta (apà-ìgbó)
Quaresma
Quitoco
Salsa Brava (gbọ̀rọ̀ ayaba)
Salsa da Praia (gbọ̀rọ̀ ayaba)
Sete Sangrias (àmù)
Taioba (bàlá)
Viuvinha (ileke opolo)
Cipreste (igi ikú)
Embaúba (àgbaó)
Embaúba - Branca (àgbaó)
Macieira (òro òyìnbó)
Malva Roxa (elu)
Atribuições
A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova "vida", já mais equilibrada.
Qualidades
Todas as Nanã parecem se destacar pela falta de beleza, pela ausência de feminilidade, pela seriedade e a austeridade, assim pelo caráter velho, independentemente de sua idade real, diferem-se uma das outras pelo grau de agressividade
- Iyabahin: É uma das qualidades mais temida. (Orixá da varíola). Uma qualidade que veio de Daomé, usa o vermelho (representa um tipo de mulher sem beleza e sem graça, pesada, desajeitada, o que representa mais a sua idade) ligada a terra, ela apresenta traço com Odudowá, é rabugenta, vingativa e implacável em rigorosos principios morais, guardiã, severa dos bons constumes, zela em particular pela honestidade e o respeito pela palavra dada. Extraordináriamente trabalhora e eficiente, mas intolerante e invejosa. A prosperidade alheia para ela é uma provocação, bão importa o luxo, o ócio, a vaidade. Seus hábitos são áusteros, despojados, e ela não admite brincadeiras. Geralmente não gosta de homens, representa o tipo de viúva ou da desquitada, que trabalhou a vida inteira para educar os filhos. Iyábahin é inegavelmente um tipo autoritário, agressivo e dominador.
- Obaya ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae. Obayá constitui, como o precedente um tipo de mulher desprovida de encantos, austera, velha por temperamento. Independentemente de sua idade cronológica. É fechada, introvertida e calma. Lenta para irritar-se, e mais lenta ainda para perdoar e esquecer. Leal e honesta, não tolera imoralidade, mentira, nem traição. Sabe guardar segredos e odeia indiscrição. Não tem vida sexual ou amorosa. Mas é um tipo simpático e mais meigo queIyábahin, é maternal, carinhosa, sábia, mãe e avó gemerosa e devotada. Ama profundamente as crianças e é boa educadora.
- Adjaoci ou Ajàosi: É uma Nanã guerreira e agressiva que veio de Ifé, as vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul. Também representa um tipo de mulher sem beleza e sem juventude, trabalhadora e combativa séria, perseverante, sem vaidade, boa cozinheira, boa educadora, uma tia ou uma avó eficiente e prestativa, mas severa. Situa-se a meio caminho entre a rigidez de Iyábahin e a meiguice de Obayá.
- Opará: Veio de Ketu. É a mãe de Omulú, ligada a terra, temida, agressiva e irascível. Constitui um tipo bastante parecido com Iyabahin
- Ajapá: (Guardiã da Mata), é um Orixá bastante temido, ligado a lama e à morte, e a terra. É associada às profundezas da terra, aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão, a providência, a economia, a tendência a adquirir e acumular bens.
- Buruku: Também é chamada OLÚWAIYE (senhora da terra), ou OLÒWÓ (senhora do dinheiro) ou ainda OLUSEGBE. Este Orixá veio de Alomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul. É uma das qualidades mais conhecidas de Nanã, bastante semelhante a Ajaosi, o tipo que ela representa é de uma mulher boa, simples, discreta, sem vaidade, maternal e generosa mas severa e pouco paciente.
- Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Ọ̀ṣọ́ọ̀si Olodé, Ọya e Yemanjá.
- Nanã Asainan: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.
- Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Òṣàlà. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.
- Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.
Características dos Filhos de Nanã
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.
Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.
Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.
O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.
Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.
Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade.
O tipo psicológico dos filhos de NANÃ à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.
Cozinha ritualística
Dóbóró
Ingredientes
2k de feijão fradinho
500ml de dendê
2 cebolas grandes descascadas e trituradas ou raladas
300g de camarão seco triturado
Sal a gosto
Preparo
Colocar de de molho o feijão depois de escolhido devidamente, algumas horas antes de descascar. Depois descascar um a um retirando o olho do feijão e a película que envolve o grão. Levar o refogado ao fogo de dendê, cebola e camarão, depois misturar com cuidado o feijão no refogado para que não se separe a banda, e não quebre o feijão mexendo lentamente com a colher de pau. Deixar esfriar, colocar em vasilha de barro ou louca e estará pronto
Ebó
Ingredientes
500g de quirerinha branca
1 coco
azeite de oliva
Preparo
Cozinhe a quirerinha com bastante água para que ela fique meio "papa", tempere com oliva, coloque em uma tigela de louça, descasque, rale o coco com ele e cubra a quirerinha.
Canjica branca
Canjica branca cozida, leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas, se desejar.
Berinjela com inhame
Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhames cozidos em água pura, com casca, e cortados em rodelas.; Arrumados em um alguidar vidrado, regado com mel.
Sarapatel
Lava-se miúdos de porco com água e limão. Corta-se em pedaços pequenos e tempera-se com coentro, louro, pimenta do reino, cravos da índia, caldo de limão e sal. Cozinha-se tudo no fogor. Quando tudo estiver macio, junta-se sangue de porco e ferve-se. Sirve-se, acompanhado de farinha de mandioca torrada ou arroz branco.
Paçoca de amendoim
Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma pitada de sal.
Efó
Ferve-se 1 maço bem grande de língua de vaca, espinafre ou beterraba. Depois amassar até virar um purê; Passa-se por uma peneira e espalhe a massa para evaporar toda a água; Depois de seca, coloca-se numa panela, junto com azeite de dendê, camarões secos, pimenta do reino, cebola, alho e sal. Cozinha-se com a panela tampada e em fogo baixo; É servido com arroz branco.
Aberum
Milho torrado e pilado.
Obs. Nanã também recebe:Calda de ameixa ou de figo; melancia, uva, figo, ameixa e melão, tudo depositado à beira de um lago ou mangue.
Lendas de Nanã
Como Nanã ajudou na Criação do Homem
Dizem que quando Ọlọ́run encarregou Òṣàlà de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Òṣàlà a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Òṣàlà criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Ọlọ́run ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.
Oriki
Okiti Kata, ekùn A Pa Eran Má Ni Yan
Okiti Katala leopardo que mata um animal e o come sem assá-lo.
Olu Gbongbo Ko Sun Ebi Eje
Dono de uma bengala, não dorme e tem sede de sangue.
Gosungosun On Wo Ewu Eje
Salpicado com Osun, seu traje parece coberto de sangue
KO Pá Eni Ko Je Oka Odun
Ele só poderá comer massa no dia da festa, se tiver matado algúem.
A Ni Esin O Ni Kange
Ele tem o cavalo, ele tem o quizo.
Odo Bara Otolu
Rio
Omi a Dake Je Pa Eni
Água adormecida que mata alguém sem preveni-lo
Omo Opara Ogan Ndanu
Filho de Opara
Sese Iba O
Orixá , respeito
Iba Iye Ni Mo Mo Je Ni Ko Je Ti Aruní
Louvo a vida e não a cabeça
Emi Wa Foribale Fun Sese
Venho prosternar-me diante do Orixá.
Oluidu Pe O papa
Presto homenagem aos ancestrais.
Ele Adie Ko Tuka
Aquele que tem frango, não depena vivo
Yeye Mi Ni Bariba Li Akoko
Minha mãe estava primeiramente em Bariba
Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada
Eu o primeiro a poder usar a espada.
Emi A Wa Kiyà Onile Ki Ile
Venho saudar o dono da terra para que ele me proteja.
Ọba Ṣàngó o !
Rei Xângô Oh!
má gbàgbé àwa
Não se esqueça de nós
bàbá ọmọ kí ngbàgbé ọmọ
Um pai não esquece de seus filhos
a dúpẹ́ bàbá mi Ṣàngó
Agradecemos ao meu Pai Xângo
Nenhum comentário:
Postar um comentário